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23 anos de amizade, respeito e muito trabalho

Há 23 anos, quem visita a sede da ADPF, em Brasília, encontra o lugar bem organizado e toma um café fresquinho, graças às duas funcionárias que, ao longo do tempo, construíram uma relação de profissionalismo, amizade e muito respeito. Francineide Pereira, a Fran, e Maristela Borges de Freitas, a Marry, tornaram-se figuras ilustres da associação.

 Elas se deram bem desde que se conheceram, na antiga sede da ADPF, localizada na quadra 408, da Asa Sul. “Foi amor à primeira vista”, garantem. Francineide chegou primeiro. Era diarista e depois se tornou funcionária fixa. Marry foi contratada pouco tempo depois, mas elas só passaram a se encontrar diariamente após a mudança para a QL 14 do Lago Sul, antiga sede.

 Desde então, a relação entre elas tornou-se familiar. Acompanharam o crescimento dos filhos uma da outra, se visitam com certa frequência, e até foram avós ao mesmo tempo, além de compartilharem momentos difíceis que passaram.

 Antes de ser copeira, Marry trabalhava na limpeza da ADPF. Mas, há três anos, chegando ao trabalho, ela foi atropelada por um motociclista. “No dia, fiquei muito preocupada. Marry era a primeira a chegar e avisava quando tinha algum imprevisto. Assustados, ligamos para o celular dela e o bombeiro atendeu dando a notícia. Foi um dia terrível”, conta Fran.

 Maristela fraturou o braço, ficou mais de um ano afastada e, quando retornou, não podia mais trabalhar com o serviço pesado. Temendo ser demitida, ela foi surpreendida com o acolhimento. “Eu trouxe um atestado dizendo que eu não poderia mais fazer muito esforço físico. Na época, eu achei que seria desligada do trabalho, mas a associação foi muito boa comigo e decidiu me colocar na função de copeira”, conta.

Marry internacional

Há três anos, Maristela cuidava da comida e da organização do Coral da ADPF, quando o grupo foi convidado para cantar em Mendonza, na Argentina. Para sua surpresa, a funcionária foi chamada para ir junto. “Foi maravilhoso, minha primeira e única viagem internacional. Primeira vez que voei de avião também. Nunca imaginei que pudesse sair do País. Trabalhei auxiliando os coralistas, mas também me diverti muito”, conta.

Momentos marcantes

E quem pensa que o trabalho de Fran e Marry se limita a limpar e servir café está enganado. As duas carregam muitas histórias interessantes, algumas são até heróicas. 

Há alguns anos, durante o expediente, o delegado federal Geraldo José Chaves infartou e as duas foram as primeiras a prestarem socorro. “Eu estava lá quando ele começou a passar mal. Socorremos, chamamos os outros delegados e a UTI Móvel. Graças a Deus ele se recuperou bem, mas foi um dia muito intenso”, conta Francineide.

 Outro dia que lembram com alegria foi quando sobrou muita comida de um jantar oferecido aos associados e elas se juntaram ao presidente da época, Bolívar Steinmetz, para doar para pessoas em situação de rua. “Foi lindo demais. É perfeito ajudar quem precisa e ver que a ADPF se preocupa com isso. Se eu pudesse, faria mais vezes”, diz Marry.

Curso de coach

Apesar de ser uma pessoa muito querida, poucos conseguiam bater um papo com a Fran, de personalidade muito tímida. Percebendo esse e outros problemas, a ADPF investiu em um curso de coach, durante 15 dias, para que os funcionários aprendessem a se expressar e evoluir profissionalmente.

 “Antes, eu era muito tímida. Se alguém me fazia raiva, eu só chorava, não respondia nada, só guardava os sentimentos. Até para entregar o café, eu tinha medo de falar com as pessoas. Aí, depois desse coach, ninguém segurou mais minha língua”, brinca. Maristela não tinha problemas com timidez, muito pelo contrário. “A língua da Marry sempre foi solta”, diverte-se Fran.

 Elas reiteram a mudança de comportamento de todos da instituição e afirma que aprenderam muitas coisas. “Mudamos muito com esse curso. Aprendemos a receber os delegados, a nos expressar, atender o telefone, ajudar a resolver os problemas dos associados”, conta Maristela.

 Na ADPF, elas se sentem queridas e reconhecidas por todos esses anos de trabalho. “Trabalhamos aqui o dia inteiro. A gente sempre está procurando se dar bem com todo mundo porque é aqui que ficamos a maior parte do nosso tempo”, defende Fran.

Nessa relação que vai muito além do trabalho, elas dizem que “o futuro, à Deus pertence”, mas afirmam o desejo de se aposentar na ADPF. O amor pela instituição é nutrido todos os dias, com muita responsabilidade, respeito e carinho. A cada gestão e nova diretoria, elas confessam que ficam apreensivas com possíveis mudanças, mas, no fim, percebem que tudo é sempre positivo e, por isso, dispensam um carinho muito especial a todos os presidentes que já passaram pela ADPF.

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Escrito por maiara

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