Delegados federais aposentados e pensionistas têm cadeira cativa nas programações da ADPF e participam da luta por seus direitos
Arrancar sorrisos, acolher e promover reencontros de aposentados, bem como lutar por seus direitos está entre as prioridades da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF). Por isso, a entidade faz questão de incentivar a inclusão de quem muito contribuiu com a sua força de trabalho para escrever a história da Polícia Federal do Brasil.
Entre os eventos promovidos para congregar os delegados federais aposentados está o Encontro Nacional dos Delegados Aposentados e Pensionistas que, em 2020, chegará à sua 8º edição. O último ocorreu em agosto de 2019, em Porto de Galinhas, uma das mais belas praias do litoral pernambucano. O primeiro foi em Bento Gonçalves (RS); o segundo em Ilhéus (BA); o terceiro em Foz do Iguaçu (PR); o quarto, na praia de Guarajuba, litoral baiano; o quinto, em Florianópolis (SC) e o sexto encontro ocorreu em Natal (RN).
Nos eventos, é possível tirar dúvidas sobre os assuntos inerentes à aposentadoria, pensão e reivindicações. Além, é claro, de curtir nostálgicos encontros e reencontros para lembrar de histórias vividas como delegados federais. Ainda mais quando ouvem a solene exaltação dos valores, princípios e fundamentos básicos da Polícia Federal, entoados em notas musicais que compõem o hino da PF.
Outra iniciativa da ADPF tem sido os almoços promovidos, a cada dois meses, pela Diretoria Regional do Distrito Federal, como forma de integrar os delegados da ativa com os aposentados, numa verdadeira confraternização bimestral.
“Eu e o Dr. Luciano Leiro, diretor regional no DF e vice-presidente nacional da entidade, temos muito respeito pelos nossos aposentados e fazemos questão de incluí-los nas nossas programações. Nosso desejo é que esse respeito e consideração também sejam evidenciados em todas as regionais”, afirma o presidente da ADPF, Edvandir Paiva.
Na ativa
Para manter a regularidade de iniciativas como essas, a ADPF Nacional conta com Bolívar Steinmetz e Solange Vaz – dois delegados federais aposentados que fazem toda a diferença à frente da Diretoria de Aposentados e Pensionistas e Diretoria Social, respectivamente. Juntas, as duas diretorias complementam as atribuições que lhe são conferidas para cuidar dos associados, com visitas e mobilização individual para as programações. Para os preparativos do encontro anual, os dois delegados contam com a indispensável ajuda de Mara Sarpi, do Recursos Humanos da ADPF.
Aos 79 anos, Steinmetz se reveste de uma voluntária disposição para agregar os delegados federais aposentados. No trabalho, ele imprime a experiência de quem já dirigiu a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal por cinco mandatos, sendo um dos sócio-fundadores. Mesmo aposentado, há 35 anos, ele continua ativo e contribuindo não somente na ADPF, como também em outras entidades, fomentando e fortalecendo iniciativas de valorização dos colegas aposentados. “Se a gente for ficar em casa, vai morrer muito novo. E eu quero viver muitos anos. Ainda tenho condições de prestar muitos serviços”, afirma, bem humorado.
Não é diferente com a delegada federal Solange Vaz, 69 anos. Aposentada há 22 anos, ela divide seus compromissos pessoais com o trabalho na Diretoria Social da ADPF. “A gente está sempre aqui contribuindo com muito prazer e o presidente [da ADPF] deixa eu e o Dr. Bolívar muito à vontade, porque sabe que o que fazemos é espontâneo e de coração”, conta.
E quem atesta esse acolhimento dispensado pela entidade é a delegada federal aposentada Marta Ponce de Leon, 82 anos. “Eu sempre participo das programações da associação. Assim, eu revejo amigos, descontraio e contribuo como posso. Os presidentes [da ADPF] são sempre gentis e respeitosos com a gente”, conta a associada que, passou, de coralista, a uma das organizadoras do tradicional coral da ADPF.
Reivindicações atendidas
O Encontro Nacional dos Delegados Aposentados e Pensionistas da Polícia Federal chegou em 2019 à sua sétima edição contabilizando vitórias em alguns pleitos reivindicados. Confira:
- Suspensão do uso de crachá para acesso às dependências da Polícia Federal;
- Aplicação do Estatuto do Idoso para atendimento preferencial em todos os serviços prestados pela PF;
- Inserção do servidor aposentado nas solenidades e celebrações oficiais, notadamente, aos que desempenharam funções de chefia, a critério do superintendente local;
- Isenção da taxa de renovação do registro de arma (a ADPF paga o valor de R$ 60 por associado aposentado);
- Aumento de três para cinco anos, do prazo de validade do porte de arma, conforme o art. 37, Decreto nº 8935/2016;
- Prazo de validade da carteira funcional solucionado administrativamente;
Está em andamento a Ação Civil Coletiva ajuizada pela ADPF, contra a União e a Anac, para que os delegados aposentados da Polícia Federal portem arma de fogo em voos domésticos.