A fotografia e a Polícia Federal entraram na vida do delegado Luiz Gustavo Valença Goes, 40 anos, ao mesmo tempo. Coincidência? Não totalmente. Ele queria guardar o início da carreira na Academia Nacional de Polícia e, com fotos, o registro seria perfeito.
“Ainda na Academia Nacional de Polícia, por influência dos colegas Luiz Roberto Moreira e Luiz Augusto Pessoa Nogueira, adquiri a primeira câmera fotográfica digital, o objetivo era registrar o início de nossa vida profissional”, relembra Luiz.
Atualmente, morando em Salvador, capital baiana, Luiz Gustavo exerce a função de Chefe da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários da SR/PF/Ba. A profissão começou em 2003, com posse em Rio Branco (Acre) onde registrou as primeiras imagens. “A partir desse momento, o interesse pela fotografia só cresceu”.
A maioria das fotos são feitas em viagens e nos fins de semana. A cidade de Salvador também ajuda com o visual, a rica cultura e a luz radiante. Além disso, o hobby auxilia no dia a dia. “É um excelente meio de prova para instrução de investigações, sendo absolutamente imprevisível o momento em que possa ser manuseada”, declara.
Luiz Gustavo não tem preferência sobre o que fotografar. Sem definir um tema ou estilo, ele admite dar total liberdade à arte e paixão. Para ele, não há limites para a fotografia. O importante é dar asas à imaginação, sem aprisionar os sentimentos como fotógrafo.
No momento, o delegado se dedica a capturar imagens de rotinas do povo baiano. “Tenho dispensado atenção para as diversas relações do homem com o mar e manifestações religiosas de matriz africana”, reitera.
A história já foi tão longe que ele recebeu o reconhecimento da prefeitura da cidade. Uma de suas fotos foi projetada no forte do Porto da Barra – um dos cartões postais da capital baiana – além de participar de duas exposições no Museu Rodin.
O envolvimento com concursos e exposições também teve um empurrãozinho dos amigos. Eles incentivaram e aconselharam o delegado a expandir os horizontes.
“Passou a ter maior dimensão quando fui ‘compelido’ (risos) pelo atual superintendente do trabalho, Daniel Justo Madruga, a participar de exposição nos corredores da Superintendência. Imprimi algumas fotos e tive uma resposta muito positiva dos colegas, que me incentivaram a ir além”, conta.
Sempre que possível, Luiz faz questão de fotografar as ações da PF. “Praticamente em todas as operações que participei efetuei algum registro fotográfico, a exemplo de bens apreendidos, sempre voltado ao auxílio da investigação”.
A Polícia Federal tem se mostrado muito aberta a essas atividades que estimulam a criatividade, além de proporcionar um olhar diferenciado e sensível em relação ao mundo. “Acredito que a habilidade seja bem vista pela corporação, considerando que estou sempre disponível para auxiliar os colegas que precisem fazer uso dessa valiosa ferramenta quando estão em campo”.