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Delegados federais participam de renovação política brasileira

Brasil tem renovação política histórica. Delegados são destaque nas eleições e se comprometem com pautas da PF

Nestas eleições, a renovação política do Congresso Nacional e assembleias estaduais bateu recordes. Cinco delegados federais, que foram eleitos no último dia 7 de outubro, vão participar da transformação política que o povo brasileiro espera acontecer. Em 2018, Felício Laterça (RJ), Pablo Oliva (AM) e Marcelo Freitas (MG) foram eleitos deputados federais; e Toni Cunha (PA) e Fernando Francischini (PR), como estaduais.

A Câmara dos Deputados vai iniciar uma nova legislatura, em 2019, com a mais alta taxa de renovação, desde 1998, que chegou a mais da metade das cadeiras. No Senado, a mudança foi a maior da história, com a troca de 85% das vagas em disputa.

Na avaliação do presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, o resultado é espelho da vontade do povo brasileiro: sede de mudança. “A sociedade quer um parlamento que defenda o Brasil, que cuide dos assuntos de interesse da população brasileira. Esse é um recado muito claro das urnas. Estamos esperançosos.”

O delegado federal Pablo Oliva, eleito como o segundo deputado federal mais votado do estado do Amazonas, ressaltou que a credibilidade da PF inspira mais esperança. “A minha campanha foi bem pautada nas pessoas do Amazonas. Eu, que sou amazonense, conheço todo o estado e a realidade do povo. A credibilidade da Polícia Federal é imensa. Tivemos muitas operações e o nosso posicionamento de que lugar de político corrupto é na cadeia é muito forte.”

Marcelo Freitas, eleito deputado federal pelo estado de Minas Gerais, destaca a esperança do povo brasileiro em ter gestores da segurança pública compondo o Congresso Nacional. Ele apontou a experiência como essencial para estratégias de combate à corrupção.

“Penso que a nossa experiência como delegado de Polícia Federal contribui sobremaneira para o combate à corrupção em todo o cenário nacional. No parlamento não será diferente. Seja com apoio efetivo às pautas anticorrupção, seja vomitando a corrupção, onde quer que ela ocorra”, explica Marcelo.

Ele ainda se comprometeu com a defesa das pautas da classe. “O anseio do povo brasileiro por mudanças, buscando pessoas verdadeiramente novas e comprometidas com o combate à corrupção permitiu que pudéssemos ser eleitos. A expectativa é enorme e assumimos o compromisso de atender aos interesses da Polícia Federal e do povo brasileiro.”

O delegado federal Felício Laterça, eleito com 47 mil votos para deputado federal pelo Rio de Janeiro, está entusiasmado para esse novo momento. Ele garante estar comprometido com o combate ao crime e levar a experiência na PF para a empreitada. “Apesar de nunca ter exercido um cargo político, a nossa vivência, a experiência como delegado de Polícia Federal nos credencia para propor medidas que fortaleçam e auxiliem no combate à corrupção.”

PF em pauta

As principais bandeiras de campanha dos delegados eleitos foram de enfrentamento à corrupção e ao crime organizado. A presença deles no Congresso Nacional também pode ajudar na aprovação das pautas da categoria, como a Proposta de Emenda à Constituição 412/2009, mais conhecida como PEC da Autonomia da PF.

Na avaliação de Edvandir Paiva, os assuntos de interesse da categoria terão mais representatividade. “A pauta é muito importante e só tem como ser feita por meio de representação no Congresso Nacional e nos parlamentos estaduais. Eles serão os nossos porta-vozes nesse mundo político. São pessoas que a gente pode confiar, que estarão defendendo a Polícia Federal pelos motivos corretos: fortalecimento da instituição e combate à corrupção, facções criminosas e crime organizado”, defende.

A “PEC da Autonomia da PF” é uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que estabelece normas para que a instituição tenha autonomia funcional, administrativa e orçamentária.

Quem são eles

Pablo Oliva (Amazonas)

Eleito como segundo deputado federal mais votado do estado do Amazonas, o delegado federal Pablo Oliva é natural do estado e cursou Direito na Universidade Federal do Amazonas. Ele atua como delegado desde 2007, com experiência em diferentes operações. Oliva também já foi Chefe da Delegacia da Polícia Federal de Combate aos Crimes Contra o Patrimônio; Representante da Interpol no Amazonas; Chefe da Delegacia da Polícia Federal de Imigração e Chefe da Delegacia da Polícia Federal de Repressão a Crimes Fazendários. O delegado ainda é pós-graduado em Direito Processual, mestre em criminologia e investigação policial pela ISCPSI/Cepol; e especialista em Planejamento e Gestão de Operações Policiais pela Academia Nacional de Polícia Federal. Ele é filiado ao Partido Social Liberal (PSL) e obteve mais de 151 mil votos.

Felício Laterça (Rio de Janeiro)

O delegado federal Felício Laterça foi eleito a deputado federal com mais de 47 mil votos, pelo PSL, do Rio de Janeiro. Com vasta experiência na área de segurança pública, Laterça é bacharel em direito pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e exerce a função de delegado de Polícia Federal, desde 1996. Na PF, assumiu inúmeros cargos na Superintendência Regional do Rio de Janeiro e no estado do Piauí, foi Delegado Regional Executivo na Superintendência Regional e representante do Conselho de Segurança Pública do Meio Norte. Na avaliação de Laterça, o combate à corrupção é prioridade. “Urge o enfrentamento à corrupção e a violência”, afirma.

Marcelo Freitas (Minas Gerais)

Marcelo Freitas, delegado da Polícia Federal em Minas Gerais, garantiu a vaga na Câmara de Deputados com 58 mil votos. Foi assessor de ministro do Supremo Tribunal Federal; Delegado Regional de Combate ao Crime Organizado, em Minas Gerais; e Chefe da Delegacia de Polícia Federal em Montes Claros (MG). O nome do delegado constou na lista tríplice ao cargo de Diretor-Geral da Polícia Federal (2016/2017). Foi coordenador de diversas ações de repressão às organizações criminosas, com repercussão nacional e internacional, tendo como principal bandeira o combate à corrupção. Freitas ainda tem carreira como professor, lecionando na Academia Nacional de Polícia, em cursos preparatórios para carreiras jurídicas, na Universidade Estadual de Montes Claros e na pós-graduação na Universidade Federal de Lavras. Ele é filiado ao Partido Social Liberal (PSL).

Fernando Francischini (Paraná)

Fernando Francischini é o candidato a deputado estadual mais votado da história do Paraná. Delegado licenciado da Polícia Federal, o londrinense recebeu mais de 427 mil votos dos eleitores paranaenses. Francischini ficou nacionalmente conhecido pelas prisões do traficante colombiano Juan Carlos Abadia e do contrabandista Law Kim Chong, atuando na Polícia Federal. A primeira eleição veio em 2010, como deputado federal. Reelegeu-se ao cargo em 2014 e, em seguida, foi convidado para assumir a Secretaria de Estado da Segurança Pública do Paraná. No Congresso, Francischini manteve-se firme em defesa das famílias, no combate à corrupção.

Toni Cunha (Pará)

Delegado de Polícia Federal há 11 anos, Toni Cunha conquistou o cargo de deputado estadual com 33 mil votos pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). Antônio Carlos Cunha Sá foi vice-prefeito na sua cidade natal, Marabá, no Pará. Para isso, licenciou-se em 2014, quando concorreu pela primeira vez a um cargo político e foi eleito. Segundo ele, trabalhar ativamente na administração pública do município o fez perceber “que é possível ser diferente, ter zelo com o dinheiro público e melhorar a vida das pessoas.” Agora que eleito, Cunha pretende contribuir com os interesses da Polícia Federal, apoiando a conquista de garantias institucionais e reformas pertinentes, para que corporação desenvolver bem seu trabalho.

    

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Escrito por ADPF

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