Instituição editou instruções normativas regulando o funcionamento das rotinas de trabalho, uma vez que os policiais não pararam de trabalhar. Mesmo assim, houve registro de infectados e mortes por Covid-19.
Em meio à pandemia, os delegados federais e demais servidores da Polícia Federal tiveram que adaptar suas rotinas para não parar as atividades de repressão e combate ao crime organizado, no País. Desde que foi oficialmente reconhecido o estado de pandemia da Covid-19, a PF emitiu uma série de instruções normativas para regular o funcionamento das rotinas de trabalho e adoção de medidas preventivas, de modo a garantir a saúde dos policiais e minimizar os efeitos do novo coronavírus.
No entanto, mesmo seguindo todos os protocolos de cuidados recomendados pelo Ministério da Saúde, houve registro de servidores que acabaram infectados ou morrendo ao contrair a doença. Estima-se que mais de 300 servidores tenham sido diagnosticados com a Covid-19.
No caso do delegado federal Lindinalvo Alexandrino de Almeida Filho, 60 anos, superintendente regional da PF em São Paulo, felizmente, ele se recuperou depois de 15 dias internado.
O delegado contou que, tão logo sentiu os primeiros sintomas, procurou atendimento médico e se afastou imediatamente de suas funções profissionais, seguindo orientações das autoridades públicas de saúde e da direção da Polícia Federal.
Durante o tratamento, o delegado permaneceu afastado dos familiares e evitou contatos com outras pessoas, obedecendo as medidas de isolamento preconizadas pelas autoridades sanitárias.
Recuperado e de volta ao trabalho, Dr. Filho, como é conhecido entre os colegas, continua adotando medidas de higiene e proteção, como o uso de máscara e de álcool em gel, além de manter o necessário distanciamento social, dentro e fora da superintendência.
“Retornei após a liberação médica e a realização de exames comprobatórios da presença de anticorpos, atestando que não mais transmito o vírus”, informa o delegado federal.
As medidas adotadas pelo superintendente regional da PF de São Paulo em relação ao acometimento da Covid-19 constam no Plano de Ação da SR/PF/SP, com as ações de mitigação ao risco de transmissão da doença, bem como em instruções normativas e portarias de âmbito nacional.
Os documentos estabelecem as medidas de proteção para enfrentamento da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus. As orientações incluem a reavaliação de viagens, atividades remotas, teletrabalho, além de rotinas para operações policiais, oitivas e serviços de imigração.
Além das medidas de prevenção, a PF também passou a integrar o Comitê de Monitoramento dos Impactos da pandemia, no Brasil, desde 31 de março.
A ADPF vem mantendo contato com a Administração da Polícia Federal para que as medidas de segurança sanitária sejam efetivamente implementadas de modo a proteger seus associados e por consequências os demais integrantes da instituição.