• Pesquisar
  • Esqueceu sua senha?

Técnica e experiência: Delegados Federais são destaque no próximo governo

Os próximos governantes do país contarão com reforços de peso para ações voltadas à segurança pública e ao combate à corrupção. Delegados de Polícia Federal são destaque na composição da próxima administração. Eles foram indicados para assumir cargos de relevância em ministérios, secretarias e órgãos ligados à segurança em todo o Brasil.

A delegada federal Érika Marena foi um dos nomes escolhidos pelo próximo ministro da Justiça, Sérgio Moro, para integrar a pasta. A partir do próximo ano, ela vai comandar o Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), que é responsável pela reintegração de recursos oriundos de atividades criminosas e pelos acordos jurídicos entre o Brasil e outros países.

Marena é a atual superintendente da Polícia Federal em Sergipe. Foi coordenadora da Operação Lava Jato em Curitiba e responsável por batizar a investigação que se tornou a mais famosa e comentada da história do Brasil. No fim de 2016, saiu da força-tarefa para chefiar a área de combate à corrupção e desvios de verbas públicas na superintendência da instituição, em Santa Catarina. Na PF desde 2003, passou pela delegacia de crimes financeiros (Delefin), em São Paulo, e coordenou a força-tarefa CC5 em Curitiba, do Caso Banestado, além de ter atuado como professora da disciplina Lavagem de Dinheiro na Academia Nacional de Polícia.

O delegado federal Luiz Pontel será o “02” do MJ

Moro também anunciou o delegado federal Luiz Pontel, hoje secretário nacional de Justiça, como secretário-executivo do MJ. “Posso dizer que se trata do maior desafio da minha carreira. Considerando que já estou na pasta desde o ano passado, conheço a estrutura do Ministério e muitos dos problemas a serem enfrentados”, ponderou.

Na Polícia Federal, Pontel foi diretor de gestão de pessoal entre 2015 e 2017 e atuou no caso Banestado. Ocasião em que o doleiro Alberto Yousseff foi preso pela primeira vez. Na nova posição, o delegado espera continuar prestando um bom serviço. “Vou trabalhar com afinco, responsabilidade e compromisso institucional em todas as demandas que me forem apresentadas, visando contribuir com o cumprimento das metas e do que for planejado a partir do próximo ano, dentro das competências do MJ e da Segurança Pública, em estreito alinhamento com todas as áreas do Ministério”, concluiu.

Outro nome de peso é o do delegado federal Fabiano Bordignon, que chefiará o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), a partir de janeiro de 2019. Ele afirmou ter ficado honrado com o convite do futuro ministro Sérgio Moro e que vai usar toda sua experiência no assunto para aplicar políticas de gerenciamento e combate ao crime organizado no órgão. Subordinado ao Ministério da Justiça, o Depen é responsável pelo sistema penitenciário federal.

Atualmente, com experiência no combate a facções criminosas, Bordignon é diretor da PF em Foz do Iguaçu e na cidade investigou a rota do crack no Brasil — a cidade se tornou um ponto de entrada da droga no país nos últimos anos. Ele também trabalhou como diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná.

A nova estrutura montada por Sérgio Moro ainda contará com o delegado aposentado Rosalvo Franco, que foi superintendente da PF no Paraná durante o auge da Operação Lava Jato. Ele será o responsável pela Secretaria de Operações Policiais Integrada do Ministério da Justiça.

Nova direção na PF

Delegado Maurício Valeixo assumirá a direção da Polícia Federal

O delegado federal Maurício Valeixo foi um dos primeiros indicados pelo futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro. Ele, que atualmente é superintendente da PF no Paraná, além de ter atuado como diretor de inteligência e de combate ao crime organizado, será o novo diretor-geral da Polícia Federal.

“Dr. Valeixo assumirá o comando do órgão em um momento singular de esperança pelo fortalecimento das instituições de Estado”, afirmou o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva. Segundo ele, a nova gestão tem o compromisso de fortalecer as instituições e afastar ingerências políticas em um momento de sede de mudança do povo brasileiro.

Para o presidente da ADPF, a principal missão do novo diretor-geral será preparar a Polícia Federal para as futuras gerações, tanto no aspecto legislativo como no administrativo, a fim de que possa continuar o combate à corrupção e às organizações criminosas. “A PF precisa ser protegida de ingerências políticas, e dotada da autonomia necessária para investigar quem quer que seja, independentemente do contexto em vigor”, reitera.

Brasília

Delegado Federal Anderson Torres futuro secretário de Segurança Pública de Brasília

No Distrito Federal, o delegado Anderson Gustavo Torres é o indicado pelo governador eleito, Ibaneis Rocha, para o cargo de secretário de Segurança Pública. Policial há mais de 18 anos, sendo 15 como delegado federal, com atuação em regiões de fronteira e na sede da PF. Foi chefe de gabinete do deputado federal Fernando Francischini e acumula conhecimentos técnicos e habilidade gerencial que o credenciam à uma excelente gestão da segurança pública do DF.

Torres já tem planos para melhorar a segurança pública da capital federal. “Nossa ideia é fazer um trabalho voltado para a diminuição dos índices de criminalidade no Distrito Federal. Vamos proporcionar à população mais tranquilidade e sensação de segurança. Tudo isso, com base na atividade de inteligência, na integração entre as polícias e no combate ao crime organizado”, afirma.

Goiás

O delegado federal Rodney Miranda foi anunciado como futuro secretário de Segurança Pública de Goiás. Aposentado, ele tem vasta experiência como secretário da área e atuou no Espírito Santo e em Pernambuco na mesma função. De acordo com ele, a prioridade de sua gestão é o controle do sistema prisional, com ações emergenciais para coibir o crime organizado, as facções criminosas e resolver a situação da superlotação nas unidades.

Espírito Santo

Política dura contra o crime organizado é a bandeira do futuro secretário de Segurança Pública do Espírito Santo, Roberto Sá. O delegado federal foi indicado pelo governador eleito do estado, Renato Casagrande. Sá iniciou a carreira policial na Escola de Formação de Oficiais da Polícia Militar, em 1983. Anos depois, ingressou na Polícia Federal, onde esteve à frente da Delegacia de Polícia Fazendária do Estado do Acre e participou, como chefe de Segurança Móvel, da escolta das 184 delegações estrangeiras presentes à Assembleia Geral da Interpol, realizada no Rio, em 2006. Também no estado, ele foi Secretário de Segurança Pública e Subsecretário de Planejamento e Integração Operacional.

Indicado para atuar no Espírito Santo, como secretário de Justiça, o delegado federal Luiz Carlos Cruz já foi chefe da delegacia de Polícia Marítima, coordenou a comissão estadual de Segurança Pública de Portos Terminais e Instalações Portuárias e Vias Navegáveis do Estado do Rio, além de ter atuado como presidente da Comissão Nacional de Segurança Pública nos Portos, Terminais e Vias Navegáveis. Também trabalhou como diretor de Operações da Secretaria Extraordinária para segurança de grandes eventos do RJ.

Rio de Janeiro

No Rio de Janeiro, o delegado de Polícia Federal Bernardo Cunha Barbosa foi indicado como controlador-geral do estado. Ele já atuou em investigações de desvios de recursos públicos no Rio, no Espírito Santo, na Bahia e em Minas Gerais. Barbosa é especialista em Criminologia pelo Instituto Superior do Ministério Público-RJ e é professor da Escola Nacional de Delegados da Polícia Federal.

Outros estados

Em outros três estados delegados federais devem continuar prestando bons trabalhos na área. Antônio de Pádua Vieira Cavalcanti que assumiu o cargo de secretário de Defesa Social de Pernambuco, em 2017, trouxe resultados significativos na diminuição da taxa de criminalidade da região. De acordo com estatísticas divulgadas pelo órgão, o número de homicídios caiu 34% no estado, em comparação ao mesmo período do ano passado.

No Ceará, o delegado André Santos Costa está à frente da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social e deve continuar, atestando a qualidade da gestão com a apresentação de soluções tecnológicas desenvolvidas para e investimentos no combate ao crime.

A Bahia conta com a gestão do delegado Maurício Barbosa, que atua como secretário da Segurança Pública do estado. De acordo com dados divulgados pela instituição, os números parciais correspondentes aos registros de Crimes Violentos Letais Intencionais deste ano tiveram uma redução de 9,9%.

Deixe sua resposta

Instagram has returned empty data. Please authorize your Instagram account in the plugin settings .
Escrito por ADPF

Siga-nos

Proactively formulate resource-leveling imperatives through alternative process improvements.