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Fechando com chave de ouro

O Simpósio Nacional de Combate à Corrupção encerrou o ciclo de 2018 na cidade maravilhosa, o Rio de Janeiro, com um espetáculo à parte. Na noite que antecedeu o evento, o Cristo Redentor, uma das sete maravilhas do mundo, foi iluminado com as cores da bandeira nacional em homenagem ao combate à corrupção. A iniciativa da iluminação nasceu de uma parceria entre a Arquidiocese da cidade, a Polícia Federal e a ADPF.

Com organização da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o evento teve participação do futuro ministro da Justiça, Sérgio Moro, da futura chefe do Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), Erika Mialik Marena, do juiz federal Marcelo Bretas, do Superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Ricardo Saad e outros nomes de peso da PF.

Na abertura do Simpósio, o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, relembrou outros eventos com a mesma temática, além de ressaltar a necessidade de fortalecer a instituição para enfrentar as organizações criminosas. “Se as instituições estão fortes, se há aparato, não há o que temer. Corrupção existe, sim, em todos os lugares do mundo, nas sociedades mais evoluídas. A diferença é se temos instituições fortes e preparadas. E essa é a nossa luta.”

A delegada Erika Marena reiterou as falas de Paiva em defesa da liberdade das investigações. “Precisamos não só desse fortalecimento social, humano, legislativo, para combater a corrupção. Precisamos também que as nossas instituições funcionem com liberdade. Sem ingerências políticas e partidárias e com propósito republicano.”

O juiz Marcelo Bretas ressaltou que após o sucesso de operações de combate ao crime, o mundo tem visto o país com outros olhos. “O Brasil tem sido reconhecido pelo trabalho da Lava Jato, nos seus desdobramentos e outras atividades tão bem sucedidas de investigação. É muito comum os agentes públicos que atuam nessas operações serem chamados para palestras e cursos no exterior.”

Outro nome de destaque no simpósio foi o do delegado Márcio Anselmo, um dos principais responsáveis pela Operação Lava Jato, que falou sobre transparência, combate à corrupção e crime institucionalizado no Brasil.

A ida de Sérgio Moro para o Ministério da Justiça também foi comentada durante o evento.  “Pela equipe que ele está formando, o estudioso que ele é, e a forma como atuou no processo lá em Curitiba, nós temos certeza de que será um trabalho de desmonte de esquemas de corrupção”,comemorou o delegado federal Jorge Pontes, palestrante no evento.

Justiça no ministério

Convidado do simpósio, Sérgio Moro falou das expectativas em assumir o Ministério da Justiça. Ele apontou a experiência da equipe técnica como diferencial em sua gestão.

“Estamos montando uma equipe que se destaque pela experiência, e excelência na área. Destaco o dr. Valeixo, que foi nominado como futuro diretor-geral, e a dra. Erika Marena, que é, ao meu ver, a maior especialista do país em cooperação jurídica internacional, no DRCI.”

Além de garantir a efetividade dos trabalhos da pasta, Moro reiterou outro comprometimento. “Um compromisso que me foi reiterado pelo presidente eleito, foi de não proteger ninguém. Esse órgão tem que ser independente.”

Essa foi uma preocupação expressada pelo presidente da ADPF. “Nós não podemos depender das políticas do governo da vez, não nessa área, não na área de controle do Estado brasileiro. Porque, se assim for, nós seremos instituições de governo e não de Estado.”

O diretor regional da ADPF do Rio de Janeiro e organizador do Simpósio, Erick Blatt, ressaltou a importância de eventos desse tipo.

“É preciso massificar e enraizar essa cultura de fortalecimento das instituições públicas e de combate a corrupção, para que a gente consiga, cada vez mais, desempenhar nossas atividades de uma forma produtiva para o país.”

No evento, ainda foram debatidos temas de cooperação internacional, combate ao crime organizado transnacional e iniciativas de prevenção à corrupção. O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, o governador do estado, Wilson Witzel, e o ministro do Ministério Extraordinário da Segurança Pública, Raul Jungmann, também participaram do simpósio.

Com as bênçãos de Cristo

A famosa estátua do Cristo Redentor foi iluminada de verde e amarelo logo após uma missa em Ação de Graças presidida pelo Padre Omar Raposo. O colorido especial fez referência ao apoio à Polícia Federal no Combate a Corrupção.

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Escrito por ADPF

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