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Simpósios promovem troca de experiências sobre Segurança Pública

Especialistas do país e do mundo reunidos para um debate amplo e democrático sobre formas de combater a criminalidade e a corrupção.

É o que a Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) tem promovido durante os simpósios realizados pelo Brasil.

Neste ano, os eventos já aconteceram em Manaus, Brasília, Salvador e Fortaleza.

Abertura do Simpósio de Manaus

Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, 3ª edição de Manaus

A corrupção é um dos temas que mais tem preocupado a população brasileira. Sentimento que tem provocado no povo a necessidade de a cada dia se engajar mais em debates sobre o assunto.

Por esse motivo, o público do III Simpósio Nacional de Combate à Corrupção de Manaus deu um show de interação. A cada palestra, as 1.340 pessoas presentes manifestaram suas opiniões sobre os temas abordados e deram apoio ao trabalho da Polícia Federal.

Fato que agradou os idealizadores do evento. Para um dos organizadores, o delegado federal Pablo Oliva, a participação da sociedade no enfrentamento à corrupção é imprescindível, pois, com participação popular, os movimentos ganham força. “Quando o povo mostra sua força, os resultados aparecem”, afirma o delegado. Para Oliva, só é possível combater a corrupção com o apoio popular.

O Simpósio, em Manaus, foi realizado no dia 09 de junho e abordou questões como o cenário político-econômico e as novas medidas de enfrentamento à corrupção. Além das organizações criminosas; a Operação Lava Jato; as boas práticas de gestão e educação e liderança.

As palestras foram ministradas por pessoas de diferentes profissões, como advogado, psicólogo, juíza e líderes de movimento sociais, o que possibilitou que o combate à corrupção fosse abordado de vários aspectos.

Para o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, essa forma de discutir o tema, com diversidade de ideias, foi o que possibilitou o sucesso do evento. “Reunir a visão dessas pessoas no mesmo local, para falar de um mesmo tema, foi muito interessante”, afirmou.

Delegado federal e diretor da ADPF-PA, Bruno Benassuly, e a ex-ministra do STJ, Eliana Calmon

Simpósio Internacional de Segurança Pública, 1ª edição de Brasília

O uso da tecnologia vem se tornando um grande aliado no combate à criminalidade e os países que investem na àrea alcançam resultados melhores no enfrentamento à violência. É o que os participantes do I Simpósio Internacional de Segurança Pública puderam perceber durante o evento.
A abertura do simpósio aconteceu no dia 14 de maio, com a palestra “A Tecnologia e o Combate ao Desvio de Recursos Públicos”, do ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União (TCU).

Na ocasião, Dantas aprofundou o tema apresentando exemplos de tecnologias adotadas pelo Tribunal. O ministro disse que é de suma importância ter a tecnologia operando em favor das instituições, pois sistemas e robôs são capazes de tarefas que vão além das possibilidades humanas.

O evento seguiu no dia 15, com a apresentação das mais modernas tecnologias de segurança existentes no combate à criminalidade. Uma feira de tecnologia com expositores de vários países foi montada para mostrar inovações existentes no mercado, que ajudam a modernizar e agilizar o trabalho de instituições de segurança pública.

Além disso, palestrantes apresentaram ferramentas inovadoras no combate ao crime. A delegada federal Nelbe Ferraz, por exemplo, falou sobre o uso da tecnologia no controle aduaneiro e na investigação criminal.

Chefe da Divisão de Controle de Imigração e Segurança de Fronteiras da PF, Nelbe usou vídeos interativos para mostrar como a tecnologia tem trazido êxito no controle aduaneiro. Nas imagens, sistemas analisam passaportes e fazem reconhecimento facial para ajudar na análise de risco e no combate a atividades criminosas.

Abertura do Simpósio Internacional de Segurança Pública

Para o diretor regional da ADPF no Distrito Federal, delegado federal Luciano Leiro – idealizador do evento – existe uma grande necessidade de ampliar o uso da tecnologia em favor da segurança pública. “Com a alta criminalidade e escassez de recursos humanos e financeiros, a tecnologia pode ser um importante instrumento na otimização do patrimônio existente”, destacou.

Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, 3ª edição de Salvador

Evento contou com grandes nomes da área jurídica

Na Bahia, o público do III Simpósio Nacional de Combate à Corrupção, lotou três salas de cinema do shopping Barra. Mas, no espaço, o que se assistiu não foi conteúdo de entretenimento. No mês de agosto, os dois dias de debates reforçaram a importância da autonomia da PF como ferramenta de enfrentamento ao crime organizado e à corrupção.

A autonomia da Polícia Federal, que tramita no Congresso Nacional por meio da Proposta de Emenda Constitucional 412/09, foi pautada durante todo o encontro. Grandes nomes da área jurídica, como o juiz Sérgio Moro, defenderam questões que são reivindicadas por delegados federais há anos, como o mandato para diretor-geral da PF.

“Mandato para o diretor-geral, particularmente, eu acho salutar”, disse o magistrado. Segundo ele, tal medida evitaria ‘interferências indevidas e protegeria a Polícia Federal de retaliações políticas. O juiz também sugeriu a fixação de um prazo de três anos para o mandato.

Para a Associação, ver a questão sendo apoiada pelo juiz Sérgio Moro é muito importante, pois, segundo o organizador do evento e diretor da ADPF-BA, Rony Silva, o magistrado é um “profissional de muito respeito, visibilidade e credibilidade”.

Segundo ele, esses atributos foram a razão pela qual a Associação escolheu o juiz para ser o homenageado do ano com a Medalha do Mérito Tiradentes.

A honraria é entregue pela ADPF como forma de reconhecimento e gratidão pelos relevantes serviços prestados à Instituição e à classe policial em geral. “Moro foi indicado por unanimidade. Nós, delegados, agradecemos sua capacidade de enxergar as dificuldades da PF e protegê-la quando necessário”, afirmou Rony Silva.

Ver as pautas da categoria serem defendidas por grandes nomes da área significou muito também para o presidente da ADPF, Edvandir Felix de Paiva, que avaliou o Simpósio como um dos momentos mais importantes da Associação.

Segundo ele, havia a dificuldade de explicar, num plano teórico, qual era a necessidade da autonomia da Polícia Federal. Mas fatos recentes demonstram na prática a necessidade de um orçamento garantido e de autonomia administrativa – para que a PF não precise responder politicamente por suas ações.

“A sociedade já havia compreendido isso. Temos apoio popular e recebemos mais de 700 mil assinaturas de apoio a PEC 412/09. Agora o mundo jurídico começa a entender com mais clareza essa necessidade e, inclusive, a defender. Esse apoio é muito importante”, concluiu Paiva.

O evento, que tinha como tema Os 30 anos da Constituição Democrática e os avanços e perspectivas no enfrentamento à corrupção, foi realizado pela ADPF-BA, entre os dias 23 e 24 de agosto, em Salvador. O Simpósio reuniu profissionais que efetivamente combatem a corrupção, como o juiz Sérgio Moro e os ministros Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e Rogério Schietti, do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além de delegados e especialistas em direito.

“Pra mim, que sou estudante de direito e tenho a perspectiva de me tornar delegada federal, o simpósio foi muito enriquecedor. Assistimos grandes nomes do meio jurídico do país”, afirmou a participante, Fernanda Vieira.

E o encerramento do evento ficou por conta do ministro Luís Barroso, que, em sua Conferência Magna, falou sobre questões estruturantes da corrupção e como as coisas começaram a mudar. Segundo ele, houve um tempo em que não se punia os crimes de colarinho branco e havia uma naturalização das coisas erradas.

Sérgio Moro recebeu a Medalha do Mérito Tiradentes

Entretanto, para ele, “esse quadro começa a mudar, principalmente, pela sociedade que passou a expressar uma demanda por integridade e patriotismo. As pessoas querem um país maior e melhor”, concluiu.

Simpósio Internacional de Combate à Corrupção, 1ª edição de Fortaleza

Com o objetivo de trazer para o debate acadêmico assuntos que, geralmente, só são discutidos em processos judiciais, a regional da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal no Ceará (ADPF-CE) realizou pela primeira vez, em setembro, o Simpósio Internacional de Combate à Corrupção, em Fortaleza.

Foram dois dias de aprofundamento teórico e prático para quem atua ou pretende atuar na esfera criminal. O evento – por meio de painéis de debates formados por representantes das diversas carreiras jurídicas – discutiu medidas que colaboram para a eficiência da investigação criminal, especialmente no combate à corrupção.

“O simpósio, academicamente, foi um sucesso, pois foram realizados debates entre integrantes de todas as carreiras que têm alguma relação com a investigação criminal, inclusive, com pesquisadores”, comemorou o delegado federal João Conrado Ponte de Almeida – um dos organizadores do evento.

Segundo ele, a dinâmica do evento possibilitou a troca de idéias e experiências que vão colaborar para a maior eficiência da investigação criminal e observância dos direitos fundamentais dos envolvidos, levando em consideração os recursos disponíveis e a legislação em vigor.

Próximos Eventos
FÓRUM NACIONAL DA INTELIGÊNCIA APLICADA PARA O COMBATE À CRIMINALIDADE

Data: 12 e 13 de novembro
Local: São Paulo

SIMPÓSIO NACIONAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO – RIO DE JANEIRO
Data: 23 de novembro
Local: Auditório da Fundação Getulio Vargas

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Escrito por maiara

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